Tarefa para 21/9

Sugestões antes de começar:
  • trata-se de uma tarefa de certa complexidade, da qual espera-se um bom aproveitamento
  • os conhecimentos fixados pela realização desta tarefa são essenciais para a disciplina, e irão servir como base para boa parte do resto da mesma
  • não dedique menos de uma hora por dia para este trabalho, ou esteja pronto para não ter um bom aproveitamento

Até o dia 21/9 noao meio-dia deverão enviar um arquivo .tex e um arquivo .bib relatando o resultado de uma análise bibliométrica da sua área de interesse. A pesquisa é individual, e não serão aceitos trabalhos versando sobre a mesma busca (usem o blog para evitar
duplicatas). Essa análise deverá incluir pelo menos os seguintes
critérios:

  1. cronológico
  2. por tipo de veículo
  3. por autor
  4. por país
  5. citações por tipo de veículo
  6. fator h por tipo de veículo
  7. autor/es mais citado/s por tipo de veículo
  8. autor/es com maior fator h por tipo de veículo
  9. artigos mais citados por tipo de veículo

A análise deverá ser baseada em pelo menos 300 artigos, e o critério de busca (tal como consta no ISI Web of Knowledge) deverá ser informado.

Use ainda a plataforma Lattes do CNPq para identificar pesquisadores ativos na sua área de interesse. Analise a produtividade de pelo menos cinco deles usando o ISI, verificando explicitamente se se trata de bolsistas de produtividade em pesquisa do CNPq. Essa análise deverá incluir obrigatoriamente o fator h e a menção do artigo mais citado em
periódico de cada pesquisador.

Lebrem que uma análise não é uma coleção de números, mas o resultado de uma reflexão a respeito deles.

Caso o arquivo LaTeX contenha caracteres especiais, somente será aceita a codificação utf8. Lembrem que o arquivo BibTeX não pode conter caracteres especiais.

Verifiquem a correta compilação antes do envio. Não serão aceitos trabalhos que geram mensagens de erro pelo LaTeX nem pelo BibTeX.

No Grupo Google da disciplina há vários textos sobre LaTeX/BibTeX.

O estilo de citação deverá ser obrigatoriamente "agsm_url", disponível no grupo da disciplina.

Sagrada laicidade

FOLHA DE SÃO PAULO, São Paulo, sexta-feira, 07 de agosto de 2009

POR QUE será que certas forças conservadoras têm defendido com tanta veemência a manutenção de símbolos de uma única religião em prédios públicos? Por que negar a norma constitucional que determina a separação entre Estado e religiões no Brasil? A quem interessa esse retrocesso? No ano que vem, o decreto 119-A completa 120 anos de vida. Ele significou um marco histórico, a partir do qual o Brasil optou pelo Estado laico.

E determinou pela primeira vez a separação entre Estado e religiões. Por força dessa norma, cemitérios passaram a ser administrados pelo Estado e instituiu-se a figura do casamento civil. Isso aconteceu em um contexto de transformações sociais e políticas trazidas pelo novo Estado republicano -que, aliás, no ano seguinte ao decreto, adotaria a laicidade na própria Constituição Federal.

A partir daí, várias questões têm vindo à tona para testar o quanto o Estado brasileiro é realmente laico. E para medir qual a magnitude da separação entre Estado e religiões no país. Na verdade, desde a reforma protestante, no século 16, Martinho Lutero alertou sobre os problemas relacionados à adoção do direito canônico como instrumento regulador da sociedade. Preocupava-se com a necessidade de ter leis laicas.

Porque as leis canônicas se lastreiam em dogmas, verdades históricas absolutas e inquestionáveis. E a comunidade precisa de regras baseadas na racionalidade e mutáveis, porque o comportamento humano é dinâmico e, por isso, mutável.

Antes dessa separação, também os conceitos de crime e pecado se confundiam. As penas criminais eram, na verdade, castigos a serem impostos àqueles que violavam interesses da igreja ou do Estado, principalmente. E a pena principal era a de morte.
As ideias do modernismo determinaram profunda revisão de conceitos, colocando a dignidade humana como foco de preocupação dos povos. Apesar disso, no Brasil, setores conservadores, avessos ao respeito à Constituição, dizem que a maioria do povo é católica e que isso deve determinar um tratamento privilegiado para a Igreja Católica.

Chegam a propor, ainda que veladamente, na forma de acordo internacional, a violação do artigo 19 da Carta ao pretender uma reformulação do regime jurídico da relação Estado-religiões.
Isso é negar a essência da democracia. Porque, no sistema democrático, a voz da maioria prepondera na escolha do governante. Mas o eleito, passadas as eleições, deve governar para todos, incluídas as minorias, e não apenas para a maioria que o escolheu.

Essa concepção, que parece óbvia, é realidade concreta na França desde a revolução de 1789, tendo sido banidos de prédios públicos os símbolos religiosos. Da Justiça, das escolas, de todos. Também já se enterrou lá a ideia do ensino religioso em escolas.

E não é só na França. O mundo ocidental como um todo caminhou nessa direção. E até mesmo em países monarquistas, como Inglaterra e Dinamarca, a manutenção de uma religião oficial não impediu a existência de ordenamento jurídico laico. Lá se respeitam na plenitude as liberdades públicas e os direitos civis dos cidadãos, sendo autorizado o casamento homossexual na Inglaterra e o aborto na Dinamarca, entre outros direitos.

É triste constatar que, aqui no Brasil, quase 120 anos depois da opção pela república laica, deparamo-nos diariamente com incontáveis desrespeitos à cidadania. Que a neutralidade religiosa, que deveria ser a tônica das ações dos nossos agentes políticos, ainda seja meta distante de ser alcançada.

Precisamos reafirmar a cada dia nossa opção republicana laica. E precisamos mostrar às próximas gerações de brasileiras e brasileiros que cada um tem o direito à liberdade plena. De manifestação, de associação. De crer ou não crer. E que ninguém tem o direito de se opor ao exercício desse direito.

Que se opor a esse exercício significa negar a república, a democracia e a tolerância religiosa brasileiras.

Portanto, em boa hora o Ministério Público Federal pediu à Justiça que sejam retirados símbolos alusivos a uma religião das dependências de prédios públicos federais. O espaço público é de todos, e não só dos adeptos daquela religião.

Os agnósticos e ateus, assim como as minorias adeptas a todas e quaisquer religiões, têm direito de estar nesses locais sem se constrangerem com a existência de símbolos de uma religião à qual não aderiram. Trata-se de respeitar cada brasileiro e cada brasileira no exercício pleno de suas liberdades públicas, que devem ser defendidas sempre de forma intransigente.

ROBERTO LIVIANU, doutor em direito pela USP, é promotor de Justiça em São Paulo e coordenador, no Movimento do Ministério Público Democrático (MPD), de projeto sobre Estado laico.

Pesadelo futurista

JC e-mail 3814, de 28 de Julho de 2009

Especialistas em inteligência artificial discutem limitar tecnologia 

Um robô capaz de abrir portas e encontrar tomadas por conta própria para se recarregar. Vírus de computador que ninguém consegue deter. Pequenas aeronaves não tripuladas que, ainda que operadas por controle remoto, chegam muito perto de uma máquina com autonomia para matar.

Impressionados e alarmados pelos avanços na inteligência artificial, um grupo de cientistas está debatendo se deve haver limites para avanços tecnológicos que podem levar a uma perda do controle humano sobre sistemas computacionais cada vez mais usados pela sociedade, seja em guerras ou num simples bate-papo ao telefone.

A preocupação é que avanços ainda maiores possam criar graves problemas sociais com consequências perigosas. Como exemplos, os cientistas citam várias tecnologias — tão diversas quanto sistemas médicos experimentais que interagem com pacientes para simular empatia e vírus de computador que desafiam as técnicas de extermínio e já teriam atingido o estágio “inseto” da inteligência mecânica.

Embora os cientistas concordem que ainda há um longo caminho a percorrer até Hal — o computador que assume o comando da nave em “2001: uma odisseia no espaço” —, eles acreditam que é legítima a preocupação de que o progresso tecnológico possa transformar o mercado de trabalho ao acabar com um grande número de empregos, bem como forçar seres humanos a viverem com um crescente número de máquinas.

Robôs capazes de matar já existem

Reunidos numa conferência em Asilomar, na Califórnia, cientistas especializados em computadores, inteligência artificial e robôs descartam a possibilidade de uma superinteligência altamente centralizada ou mesmo de que algum tipo de inteligência possa emergir espontaneamente na internet. Mas eles concordam que robôs capazes de matar de forma autômata já existem.

Os especialistas centraram atenção especial na ameaça de que criminosos poderiam explorar sistemas de inteligência artificial com objetivos espúrios. O que um criminoso poderia fazer com um sistema capaz de criar vozes similares às humanas? O que aconteceria se a tecnologia de inteligência artificial for usada para drenar informações pessoais de “smart” fones? Os pesquisadores também discutiram possíveis ameaças ao mercado de trabalho, representadas por carros que dispensam motoristas e serviços de robô em casa.

A conferência foi organizada pela Associação para o Avanço da Inteligência Artificial, que, ao escolher Asilomar como lugar das discussões, evocou, propositalmente um evento histórico da ciência. Em 1975, os maiores biólogos do mundo se reuniram em Asilomar para discutir a possibilidade de transformar formas de vida por meio da troca de material genético entre organismos e estabelecer parâmetros para tais experiências. Era o início da engenharia genética.

O encontro sobre o futuro da inteligência artificial foi organizado por Eric Horvitz, um pesquisador da Microsoft que, atualmente, é presidente da associação. Para ele, os cientistas computacionais devem estar aptos a debater noções de máquinas superinteligentes e de sistemas de inteligência artificial que fogem ao controle.

A ideia de uma “explosão de inteligência”, na qual máquinas projetariam outras máquinas ainda mais inteligentes foi proposta pelo matemático I.J. Good em 1965. Anos depois, em palestras e romances de ficção científica, o cientista Vernon Vinge popularizou a noção de que os seres humanos seriam capazes de criar uma máquina mais inteligente do que o homem, causando transformações tão rápidas que levariam ao “fim da era humana”.

A ideia, explorada no cinema e na literatura, é vista como plausível e inquietante, por cientistas como William Joy, co-fundador da Sun Microsystems. Outros especialistas em tecnologia, sobretudo Raymond Kurzwell, veem com entusiasmo o advento das máquinas inteligentes, dizendo que elas trarão grandes avanços para o aumento da expectativa de vida e a prosperidade em geral.

— Acredito que, cedo ou tarde, teremos que fazer algum tipo de declaração em resposta ao crescimento do número de pessoas muito preocupadas com o surgimento de máquinas inteligentes — afirmou Horvitz

Parâmetros serão divulgados

Um relatório sobre a conferência, que aconteceu a portas fechadas, será divulgado no fim do ano. O relatório abordará a possibilidade de “perda de controle humano de inteligências baseadas em computadores”. Também abordará, segundo Horvitz , questão éticas, legais e socioeconômicas, bem como as prováveis mudanças da relação entre seres humanos e computadores. Como será, por exemplo, se relacionar com uma máquina tão ou mais inteligente quanto seu parceiro?
(John Markoff, do The New York Times) 
(O Globo, 28/7)

Sobre o plágio

Ver Periódico publica dois estudos plagiados na íntegra e analisar à luz de How to Handle Plagiarism: New Guidelines.

Cinco periódicos, dois artigos de cada um

Pessoal,

A próxima tarefa, que deverá ser concluída até sexta-feira 3/4 às 16:00, consiste em escolher cinco periódicos disponíveis no Portal de Periódicos da CAPES (http://periodicos.capes.gov.br) que sejam de interesse para sua área e/ou seu tema de pesquisa. De cada um desses cinco periódicos, deverão comentar brevemente dois artigos correlatos ao seu assunto de interesse.

A estrutura a ser adotada é a seguinte:

=> IEEE Transactions on Geoscience and Remote Sensing

* Morio, J.; Réfrégier, P.; Goudail, F.; Dubois-Fernandez, P. C. & Dupuis, X. Information Theory-Based Approach for Contrast Analysis in Polarimetric and/or Interferometric SAR Images. IEEE Transactions on Geoscience and Remote Sensing, 2008, 46, 2185-2196. DOI 10.1109/TGRS.2008.926115

Este artigo propõe medidas escalares para descrever a separabilidade entre modelos para imagens polarimétricas. O trabalho mostra que a distância de Bhattacharyya é adequada para essa finalidade, tanto em dados simulados quanto em imagens reais.

* Wang, H. & Ouchi, K. Accuracy of the K-Distribution Regression Model for Forest Biomass Estimation by High-Resolution Polarimetric SAR: Comparison of Model Estimation and Field Data. IEEE Transactions on Geoscience and Remote Sensing, 2008, 46, 1058-1064. DOI 10.1109/TGRS.2008.926115

Os autores propõem um modelo de regressão para explicar a biomassa de florestas. Esse modelo emprega a distribuição K e usa como variáveis explicadoras medidas de imagens e de campo. DOI 10.1109/TGRS.2008.915756

Prestem muita atenção à formatação das informações; todo artigo deverá ter os dados acima (autores, título, periódico, ano, volume, página). O DOI é obrigatório caso ele esteja disponível para o artigo escolhido.

No perfil do blog deverá constar obrigatoriamente o email de cada um.

Alejandro

Linha de pesquisa

Pessoal,

É importante que cada um escolha uma linha de pesquisa para desenvolver as próximas atividades da disciplina. Para isso, e para que a escolha seja baseada tanto no gosto pessoal quanto em argumentos objetivos (afinal, é uma disciplina de metodologia científica), a próxima tarefa consiste em fazer um levantamento bibliográfico nos periódicos
* Science
* Nature
* ACM Computing Surveys
* Scientific American
e escolher um artigo emblemático da sua área de interesse. Feita essa escolha, faça um resumo contendo:
+ Referência completa (título, autor, periódico, volume, páginas, ano)
+ O que chamou a sua atenção do assunto e como ele se relaciona com os conteúdos do seu curso
+ Um breve resumo do artigo (vinte a trinta linhas no formato do blog)
+ Possíveis linhas de pesquisa que lhe interessam

Este trabalho deverá estar postado no blog até as 16:00 desta sexta-feira 27/3/09.

Alejandro

Dois cientistas

A história da ciência foi e está sendo feita por inúmeras pessoas, então qualquer tentativa de fazer uma lista é arbitrária e incompleta. Resta, portanto, a escolha pessoal. Eu gostaria de registrar hoje a minha admiração pelas seguintes pessoas:
* Hipatia de Alexandria (aprox. 355 - 416): filósofa, matemática e astrónoma, vítima da cegueira religiosa e da manipulação política.
* Giordano Bruno (1548 – 1600): filósofo, astrónomo, físico, morto na fogueira por contrariar a igreja católica.

Registre aqui, até sexta-feira 13/3 às 16:00 dois cientistas de qualquer área do conhecimento. Comente brevemente a sua biografia e a razão para sua escolha.

A ciência e as religiões, artigo de Marcelo Gleiser (JC 3708, de 25 de Fevereiro de 2009)

Forçar a rigidez é condenar a congregação a viver no passado

Marcelo Gleiser é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo". Artigo publicado na “Folha de SP”:

Como escrevi em colunas recentes, neste ano celebramos dois grandes aniversários. O primeiro, o bicentenário do nascimento de Charles Darwin e o sesquicentenário da publicação de seu revolucionário "A Origem das Espécies". O segundo, os quatrocentos anos da publicação do livro "Astronomia Nova", em que Johannes Kepler mostrou que a órbita de Marte é elíptica, inferindo que todas as outras seriam também.

No mesmo ano, 1609, Galileu Galilei apontou o seu telescópio para os céus mudando a astronomia para sempre.

Em ambos os casos, as descobertas científicas criaram sérios atritos com as autoridades religiosas. Atritos que, infelizmente, sobrevivem de alguma forma até hoje, principalmente com as religiões monoteístas que dominam o mundo ocidental e o Oriente Médio: judaísmo, cristianismo e islamismo. O momento é oportuno para iniciarmos uma reavaliação das suas causas e apontar, talvez, resoluções.

Simplificando, pois temos apenas algumas linhas, o problema maior não começa no embate entre a ciência e a religião. Começa no embate entre as religiões. Existe uma polarização cada vez maior já dentro das religiões entre correntes mais ortodoxas e aquelas mais liberais. As diferenças são enormes. Por exemplo, no caso do judaísmo, podemos hoje encontrar rabinas liderando congregações, algo que enfureceria ao meu avô e a seus amigos.

Nos EUA, algumas correntes protestantes, como os episcopélicos, têm pastores e bispos abertamente homossexuais. Nessas correntes mais liberais dentre as religiões se vê também uma relação completamente diferente com a ciência.

Em vez do radicalismo imposto por uma interpretação liberal da Bíblia, as correntes mais liberais tendem a ver o texto bíblico de forma simbólica, como uma representação metafórica de acontecimentos e fatos passados com o intuito -dentre outros- de fornecer uma orientação moral para a população. (A questão da necessidade de um código moral de origem religiosa deixo para outro dia.)

Escuto pastores e rabinos afirmarem regularmente que é absurdo insistir que a Terra tenha menos de 10 mil anos ou que Adão e Eva surgiram da terra. Para um número cada vez maior de congregações, é fútil fechar os olhos para os avanços da ciência.

Para eles, a preservação dos valores religiosos, da coesão de suas congregações depende de uma modernização de suas posições de modo que possam refletir o mundo em que vivemos hoje e não aquele em que pessoas viviam há dois mil anos.

O mundo mudou, a sociedade mudou, a religião também deve mudar. Insistir na rigidez da ortodoxia é condenar a congregação a viver no passado, numa realidade incompatível com a sociedade moderna. Se o pastor ou rabino ortodoxo tem câncer e recebe terapia de radiação, ele deve saber que é essa mesma radiação que permite a datação de fósseis com centenas de milhões de anos. É hipocrisia aceitar a cura da radiação nuclear e ainda assim negar os seus outros usos.

Fechar os olhos para os avanços da ciência é escolher um retorno ao obscurantismo medieval, quando homens viviam suas vidas assombrados por espíritos e demônios, subjugados pelo medo a aceitar a proteção de Deus. A escolha por uma devoção religiosa -se é essa a sua escolha- não deveria ser produto do medo.

No fim de semana passado, a catedral de São Paulo em Melbourne, Austrália, ofereceu um simpósio sobre Darwin. Nos EUA, outro simpósio reuniu cerca de 800 pastores e rabinos para discutir modos de reconciliação entre ciência e religião. Parece que finalmente um novo diálogo está começando. Já era tempo.
(Folha de SP, 22/2)